No princípio, a invenção da escrita é considerada um fator motivador e modificador, já que se utilizavam de cerâmica, madeira, os ossos e até mesmo fios de tecidos, feitos de couro curtido. As alterações e evoluções foram se adaptando as necessidades do ser humano.
Até chegar ao surgimento do papel é utilizado, foi feito muitos processos para o seu desenvolvimento. Um desses desenvolvimentos foi a utilização de fibras vegetais, obtidas das hastes de Papiro, qual se deu o nome à palavra papel, qual vem do latim Papyrus.
Na América, indígenas realizavam o processo de cortar pedaços de casca de figueira silvestre, retiravam a cortiça e colocavam em água corrente, permitindo assim a coagulação da seiva. Após todo o processo, as fibras eram fervidas em água e cal, logo após secavam sobre uma superfície plana e lisa. A pasta obtida por esse processo era seca ao sol e por fim, tinham o precioso papel.
Em 1946, o mercado de celulose ganhou ainda mais força com a abertura da primeira grande fábrica de papel e celulose do país. A Klabin nasceu com o intuito de evitar as restrições de importação de produtos durante a Segunda Guerra Mundial, com o incentivo do Governo na indústria nacional.
A configuração atual da cadeia produtiva nacional e internacional se iniciou a partir dos estudos de Max Ferrer, que obteve a celulose com base na fibra de eucalipto. Essa descoberta fez com que a Suzano começasse uma nova forma de produção em 1956.
Hoje, a produção de celulose brasileira é feita em áreas reflorestadas. Desde 2017, o país é o principal exportador mundial do produto e o segundo maior produtor, atrás apenas dos Estados Unidos.
Nesse texto, vamos explicar melhor o que é celulose, quais são suas funções na atualidade e sua importância para a economia brasileira. Confira!
O que é celulose?
A celulose é o principal componente da parede celular das plantas. É formada por moléculas de glicose organizadas em feixes.
A substância produz fibras utilizadas como matéria-prima industrial em vários setores da economia. Também pode ser extraída de diversos vegetais, como as já mencionadas árvores de eucalipto, pinheiro, algodão, bambu e etc.
Algumas de suas características permitem dizer para qual finalidade será utilizada este papel, como por exemplo grupo de fibras longas, quais são utilizadas para produção de embalagens e grupo de fibras curtas, quais são utilizadas para produção de papéis para impressão, escritas e fins sanitárias.
Para que serve a celulose?
Podemos encontrar a celulose em diversos produtos utilizados em nosso dia a dia. A substância é uma das matérias-primas nas indústrias de papel, embalagens e tecidos.
Também pode ser aplicada em fraldas descartáveis, absorventes, alimentos, farmácias, cosméticos, adesivos, biocombustíveis, materiais de construção, entre outros.
A celulose encontra aplicação ainda em vários outros segmentos, atuando como agente antiendurecimento e de gelificação, emulsificador, estabilizador, dispersante e espessante.
Os derivados da celulose, por sua vez, são utilizados para fabricar hidrogéis, que funcionam como veículos para ativos dermatológicos e em formulações odontológicas. Pode ser aplicada em revestimentos de comprimidos e cápsulas de medicamentos, na fabricação de curativos inteligentes e peles artificiais na medicina.
Qual a importância da celulose na economia brasileira?
Por fazer parte da rotina de tantas pessoas, a celulose tem um impacto significativo em diversas cadeias produtivas. Dentro do setor, podemos encontrar fábricas modernas e florestas férteis, que respeitam os critérios de sustentabilidade.
Hoje, o segmento representa 1,3% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional e 6,9% do PIB industrial. Apresenta uma receita bruta de mais de US$100 milhões e uma contribuição para balança comercial de US$10 bilhões, segundo a Indústria Brasileira de Árvores (Ibá).
No ano de 2020, auge da pandemia, o volume de celulose produzida pela indústria brasileira chegou a 21 milhões de toneladas. Desse montante, aproximadamente 70%, ou 15,6 milhões de toneladas, foram exportados. Os números representam um crescimento de mais de 6% em comparação a 2019.
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